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26 de Abril de 2024
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    MPT é contra restrição do conceito de trabalho escravo

    A procuradora do Trabalho Débora Tito se posicionou contra o Projeto de Lei do Senado 432/2013, que regulamenta a Emenda Constitucional 81 sobre a expropriação das terras onde for constatada presença de trabalho escravo. A proposta, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR), muda a definição do crime estabelecida no artigo 149 do Código Penal, restringe o conceito de trabalho escravo contemporâneo e, consequentemente, a possibilidade de responsabilização dos empregadores. O PL tem previsão de ser votado no mês de fevereiro.

    De acordo com a procuradora, atualmente são considerados crimes os casos de cerceamento de liberdade, trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes e jornada exaustiva de trabalho. Com a aprovação do projeto, só seriam punidos os casos de trabalho forçado e cerceamento de liberdade.

    “É uma tentativa muito oportunista reduzir o conceito de trabalho escravo ao cerceamento da liberdade física, como querem. É fazer o resgate da ilustração de uma pessoa acorrentada e dizer que essa condição é a única que torna um trabalhador escravo. Existe uma complexidade que vai além dessa imagem e que é fomentada pelo barateamento das cadeias produtivas e pela busca indecente pelo lucro”, pontua.

    Em 15 de dezembro, o Senado Federal incluiu o texto na pauta de votação do plenário, em regime de urgência. Após debate na Comissão de Direitos Humanos e Participação (CDHP) sobre o tema, onde a proposta foi criticada por todos os participantes, Jucá, também relator do texto, anunciou o adiamento da votação. O MPT é contra o projeto de lei e realiza abaixo-assinado através do link http://goo.gl/yhnZNU.

    Audiência – O MPT em Pernambuco realizou nesta quinta-feira (28) audiência pública para propor a criação da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) no estado. Foram convidados representantes de diversas instituições públicas para a audiência, com o intuito de articular estratégias coletivas de enfrentamento ao trabalho escravo no estado de Pernambuco, que devem ser realizadas com a criação da Coetrae.

    Números – O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) divulgou, em relatório provisório disponibilizado em dezembro último, que cerca de mil pessoas foram resgatadas de situação de trabalho análoga à escravidão em todo o País. Em 2014, segundo dados do órgão, 1.674 trabalhadores foram libertados do trabalho escravo. Desde que o grupo de fiscalização móvel foi criado, em 1995, cerca de 50 mil pessoas foram resgatadas.
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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mpt-e-contra-restricao-do-conceito-de-trabalho-escravo/302246958

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